Edital MCT/CNPQ 14/2008 Universal Processo 470333/2008-1



30 de julho de 2009

HERANÇAS: Silviano Santiago



SINOPSE

Em 'As raízes e o labirinto da América Latina', seu novo livro, o escritor, ensaísta e crítico literário Silviano Santiago, um dos mais originais e prestigiados pensadores da atualidade, colecionador de vários prêmios como o Jabuti e o Portugal Telecom, parte de 'Raízes do Brasil', de Sérgio Buarque de Holanda e 'O labirinto da solidão', do mexicano Octavio Paz, para sugerir uma nova compreensão da América Latina. Assim presta uma dupla homenagem aos intelectuais que pensaram o continente e faz uma interpretação inédita de ambos.
A partir dos aparentes protagonistas de cada livro – o barão que definiria o brasileiro pela herança ibérica e, em contraste, o pachuco que definiria o mexicano como um pária -, Santiago nos mostra como os autores rebatem suas próprias premissas e revelam o que ele chama de inconsciente-do-texto. Mais do que o barão, o brasileiro carrega em si o semeador que planta ao acaso – em contraste ao ladrilhador organizado da colonização espanhola. Já em Octavio Paz, a mulher, que no mito mexicano é vista como inferior, acaba se mostrando um espelho do pachuco, uma chance de abertura ao mundo. De uma visão aparentemente preconceituosa da mulher, revela-se a possibilidade de libertação do "labirinto da solidão".
Nesse caminho de revelar o que cada escritor "comanda e o que ele não comanda dos esquemas da língua de que faz uso", Silviano Santiago se apóia em teóricos como Jacques Derrida, e identifica traços do surrealismo no poeta que transcende o ensaísta Octavio Paz e do construtivismo no racionalismo de Sérgio Buarque. Um dos grandes méritos de 'As raízes e o labirinto da América Latina' é esse seu caráter multi e interdisciplinar, a complexidade com que Silviano Santiago une suas facetas de ensaísta, crítico literário e poeta, servindo-se de teoria da literatura, história, arte, filosofia e lingüística para ir além da superfície dos textos.
Mais do que uma interpretação histórica e sociológica para a América Latina, o autor analisa a construção narrativa dos autores. O brasileiro de Sérgio Buarque, em princípio definido positivamente, acaba por revelar a identidade do ócio e do desleixo – características com que o autor dá uma visão singular ao famoso "homem cordial" de Raízes do Brasil. O brasileiro é como o couro, maleável, em contraste ao cobre do hispano-americano analisado por Octavio Paz. No caso de Paz, percebe-se uma convivência no texto de uma marca ideológica e de uma visão vanguardista, esta só aparecendo quando o ensaísta dá lugar ao poeta. De forma magistral, Silviano Santiago deixa ver como, passando a ser poeta, e suplantando a história pela poesia, Paz torna o poeta também objeto de seu texto.

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SINOPSE

Num apartamento na Vieira Souto, Rio de Janeiro, tendo diante de si uma tela de computador e mais ao fundo o oceano Atlântico, o narrador de Heranças passa em revista seu passado de hábil empresário e maleável sedutor. O acúmulo de bens e mulheres perfaz o capital do relato, conduzido com lentidão e cinismo para dar conta das peripécias — melhor dizer negociatas — da alta burguesia brasileira nos últimos setenta anos.
Do fundo da tela, quando tudo em volta "começa a se esfumar" para quem escreve, vão surgindo traços de Belo Horizonte: o provinciano centro comercial nas décadas de 1940 e 1950 dobra-se à especulação imobiliária nos anos de chumbo e entra de sola na roleta financeira do final de milênio. O "olhar longitudinal", capaz de abranger largo período de tempo, concentra-se na história familiar do herdeiro. Após a morte do pai, dono dos Armarinhos S. José, planeja com sucesso a morte da irmã mais velha, toma posse da herança, lança-se de vez à promiscuidade dos negócios escusos, da política do favor e da alta rotatividade sexual.
O novo romance de Silviano Santiago opera um inesperado corte transversal na ficção brasileira contemporânea, ao apontar outras formas de enunciar questões relativas à burguesia nacional, pouco abordadas na sua radicalidade. Retoma a tradição cínica e jocosa que vem do realismo de Machado de Assis, e mistura com o melodrama de Nelson Rodrigues, para compor um texto que toma a via oposta àquela de heranças literárias mais recentes: banalização da linguagem, visão estereotipada do marginal, violência urbana tornada espetáculo.
No novo texto prevalece o "ritmo da agulha de costura", que o narrador resgata das fornecedoras de crochê e tricô da antiga loja de armarinhos do pai, agregando à trama mais ampla do processo econômico e social brasileiro a pontuação local. Alinhava passado e presente por dentro, abrindo espaço na história para o "comentário indireto", através do qual coloca em xeque os pontos de vista de uma burguesia que se revela por meio das trapaças discursivas que arma. A costura torna visíveis os arremates que lhe dão forma.
Por isso o novo milênio em Ipanema, representado pela imagem dolorida do Pico Dois Irmãos, é "cópia do vazio infinito da existência", que o protagonista de certo modo tenta salvar ao escolher um imprevisível herdeiro ao final da narrativa. Mas nada parece mudar. Sempre outro, sempre o mesmo: mar visto da janela, superfície líquida do computador — "a água empoçada metamorfoseou-se em frases", o leitor tem toda uma vida diante dos olhos.
Como no provérbio da epígrafe, o papel tudo agüenta, até que o fio da história seja rompido e mostre como as coisas "aparecem de maneira violenta e desesperadora". É a essa experiência liminar entre vida e morte que o leitor é chamado a participar; é ela que o novo romance de Silviano Santiago nos deixa como herança do futuro.

Wander Melo Miranda é professor titular de teoria da literatura na Universidade Federal de Minas Gerais, consultor do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e integrante do corpo editorial da Revista Margens/Márgenes.

19 de julho de 2009

Já são dez os indiciados da Operação Boi Barrica


Em mais uma bateria de interrogatórios da Operação Boi Barrica, a Polícia Federal indiciou outros quatro envolvidos no esquema de lavagem de dinheiro e crimes financeiros que seria comandado pelo empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
Agora já são dez os indiciados, dentre eles o próprio Fernando, que comanda os negócios da família no Maranhão, e sua mulher, Teresa Murad Sarney.
Os novos nomes da lista são João Odilon Soares Filho (indiciado por instituição financeira irregular, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro), Roberto Wagner Gurgel Dantas (falsidade ideológica e formação de quadrilha), Luiz Gustavo Almeida (falsidade ideológica e formação de quadrilha) e Paulo Nagem (tráfico de influência).
A PF não deu detalhes dos depoimentos porque o inquérito corre em segredo de justiça. Uma autoridade com acesso aos depoimentos informou que os quatro negaram envolvimento com as irregularidades. Desencadeada há um ano, a operação investiga uma rede de crimes cometidos pelo grupo, a partir de um saque de R$ 2 milhões, em espécie, feito por Fernando às vésperas da eleição de 2006 e registrada como movimentação atípica pelo Conselho de Fiscalização de Atividades Financeiras (Coaf).
Diretor financeiro do Grupo Mirante, o conglomerado de comunicação dos Sarney no Maranhão, João Odilon figura como sócio de pelo menos uma das empresas envolvidas nas transações suspeitas. Roberto Wagner Gurgel e Luiz Gustavo Almeida são apontados pela PF como "laranjas" de Fernando Sarney no empreendimento Marafolia. Paulo Nagem, por sua vez, aparece como intermediário em negociação que levou a Caixa Econômica Federal a patrocinar eventos da Marafolia.
As tratativas foram feitas com Fábio Lenza, à época vice-presidente da Caixa "por indicação política" de José Sarney, como observou a PF nos relatórios da operação.
A investigação foi desmembrada em cinco inquéritos, que apuram crimes como lavagem, corrupção, evasão de divisas, formação de quadrilha e tráfico de influência, além de instituição financeira irregular, atribuídos a familiares e aliados do presidente do Senado.
Apontado na investigação como cabeça da quadrilha e acusado de comandar um "forte esquema de tráfico de influência" em órgãos do governo federal comandados por apadrinhados de Sarney, Fernando foi o primeiro indiciado.
Por meio de nota de seu defensor, Eduardo Ferrão, o empresário negou as acusações e disse que vai provar sua inocência.
Na próxima semana será ouvida a última leva de suspeitos, entre eles a neta de Sarney, Ana Clara, que figura como sócia de empresas investigadas pela PF.
Também deverá ser ouvido o ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau, que deixou o cargo em 2007 depois de ser denunciado pelo Ministério Público como suspeito de receber R$ 100 mil de propina da construtora Gautama, pivô de um esquema de desvio de dinheiro público mediante licitações fraudulentas e superfaturamento de obras. Aliado antigo de Sarney, Rondeau negou as acusações e até hoje integra o conselho de administração da Petrobrás.
Foi também indiciada Luzia de Jesus Campos de Sousa, que gerenciava as contas de uma empresa criada pelos Sarney para movimentar dinheiro das empresas da família. Apontada como braço direito de Fernando, Luzia foi enquadrada pelos mesmos crimes do chefe. Os demais indiciados são Walfredo Dantas, Marcelo Aragão e Thucydides Frota, todos ligados ao evento Marafolia.

(De O Estado de S. Paulo, com informações da Redação do JP)

16 de julho de 2009

Festa do Dia da Bastilha: Mais de 300 carros são queimados na França


14/07/09 - 05h18 - Atualizado em 14/07/09 - 14h23

Polícia deteve 240 pessoas por diversos incidentes.
Dez mil policiais foram mobilizados para garantir a segurança nas ruas.
Pelo menos 317 carros foram queimados entre a noite de segunda-feira (13) e a madrugada desta terça (14), na França, que já comemora a Festa Nacional de 14 de Julho, o Dia da Bastilha, informou a direção Geral da Polícia Nacional (DGPN).
Nos últimos anos, houve distúrbios em todo o país. A cifra registrada em 2009 reflete um aumento de 6,73% frente ao balanço do ano passado, quando 297 veículos foram queimados entre os dias 13 e 14 de julho.
240 detidos

Ao longo da noite, a polícia deteve 240 pessoas por diversos incidentes.

Como sempre, o ministério francês do Interior montou um esquema especial de segurança para a data da Festa Nacional e sua véspera. Entretanto, o responsável pela pasta, Brice Hortefeux, disse que as medidas tomadas para 2009 são "sem precedentes".
Segundo ele, dez mil policiais foram mobilizados para garantir a segurança durante os diversos festejos e cerimônias oficiais convocados na França por ocasião do 14 de julho.
Desse efetivo, cerca de 3.500 agentes vigiarão o principal ato da data, o desfile militar desta terça, em Paris, que será liderado pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy.

Soldados indianos lideram desfile de 14 de julho na França

Paris, 14 jul (EFE).- Cerca de 400 soldados indianos lideraram hoje o tradicional desfile de 14 de julho que percorreu o Champs-Elysées, em Paris, perante o chefe de Estado francês, Nicolas Sarkozy, e seu convidado de honra este ano, o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh.
Oficiais, suboficiais e soldados do Exército, da Marinha e da Aeronáutica da Índia abriram a cerimônia mais tradicional da Festa Nacional da França, em um gesto com o qual o país quis ressaltar a "associação estratégica" que o une à Índia desde 1998.
Sarkozy e sua esposa, Carla Bruni, acompanharam a cerimônia na tribuna presidencial acompanhados do primeiro-ministro da Índia e de outras autoridades, como o primeiro-ministro cambojano, Hun Sen; o presidente alemão, Horst Köhler; e o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jaap de Hoop Scheffer.
É a primeira vez que um responsável da Aliança Atlântica assiste ao desfile da Festa Nacional da França desde 1967, ano em que o país deixou o comando militar da Otan, à qual se reintegrou este ano.
Após o desfile, Sarkozy teve um almoço de trabalho com Singh, antes da tradicional recepção de 14 de julho nos jardins do Palácio do Eliseu, onde este ano, e devido à crise econômica, o número de convidados foi reduzido a cerca de 5 mil pessoas, um terço a menos que no ano passado.
O programa oficial da Festa Nacional terminará esta noite com os tradicionais fogos de artifício perante a Torre Eiffel e com um show gratuito do cantor Johnny Hallyday.
http://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2009/07/14/ult1808u143480.jhtm

A queda da Bastilha

No dia 14 de julho de 1789 o povo de París saiu às ruas para protestar contra o regime monárquico opressor. Os populares invadiram a Bastilha, fortaleza que simbolizava o Absolutismo real, libertaram presos e derrubaram o prédio. O fato simboliza o início da Revolução Francesa.

1789 - Populares organizam uma revolta e derrubam a Bastilha, em Paris. O fato é o início simbólico da Revolução Francesa.
1816 - Morre Francisco de Miranda, precurssor da independência da Venezuela.
1881 - É assassinado o legendário pistoleiro norte-americano Billy "El Niño".
1893 - O general José Santos Zelaya se proclama ditador da Nicarágua.
1918 - Nasce Ingmar Bergman, diretor sueco de cinema e teatro.
1928 - Nasce o guerrilheiro Ernesto Che Guevara.
1958 - Em uma revolução no Iraque, é assassinado o rei Faisal II. A morte do monarca foi o ápice de um golpe de Estado dirigido por Karim Kassem.
1965 - A Junta Militar do Equador impõe a lei marcial em Guaiaquil. Estudantes do país promovem revoltas contra a imposição.
1972 - Morre o escritor mexicano Emílio Abreu Gómez.
1979 - É aprovada uma nova constituição no Peru. O documento propunha uma democratização imediata do país.
1982 - Termina a guerra entre Argentina e Reino Unido pelas Ilhas Malvinas. O conflito foi encerrado após a rendição do exército argentino.
1990 - É eleito o novo Secretariado do Partido Comunista da URSS, liderado por Mijail Gorbachov.
1997 - Milhões de pessoas saem às ruas da Espanha para protestar contra a violência do grupo separatista ETA. Os terroristas haviam assassinado o conselheiro Miguel Angel Blanco. Foi a maior manifestação popular já registrada no país.
1998 - Morre Richard McDonald, empresário norte-americano que criou a rede de restaurantes Mc Donald's, a maior do mundo.
1999 - Argentina e Reino Unido firmam, em Londres, um acordo que permite o acesso de argentinos às Ilhas Malvinas. Este foi um grande passo para a normalização das relações entre os dois países, que se enfrentavam desde a década de 80 pela soberania do arquipélago.
2000 - Um júri de Miami autoriza o pagamento de uma indenização milionária a fumantes da Flórida por parte das fabricantes de cigarro. A sentença obribava os fabricantes a pagar US$ 145 milhões aos fumantes lesados pelo uso do cigarro. As indústrias tabagistas recorreram.

Redação Terra

15 de julho de 2009

Festa de 200 anos de Revolta na Bolívia


Governo e oposição racham festa de 200 anos de revolta na Bolívia
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da Efe, em La Paz, da Folha Online

O governo e a oposição bolivianos se dividiram nesta segunda-feira na comemoração dos 200 anos da revolta da cidade de Sucre, palco da primeira revolta americana contra o colonialismo espanhol, em 25 de maio de 1809.
Em Sucre, o ato de comemoração pelo bicentenário reuniu os principais líderes opositores. O presidente, Evo Morales, foi fazer seu discurso sobre o bicentenário na cidade de Villar, a 203 km de Sucre. Os opositores acusaram Morales de provocar uma "divisão" no país ao convocar um ato paralelo.

O presidente Evo Morales faz o discurso durante festa em Villar

Em discurso transmitido pela imprensa estatal, Morales, que é o primeiro indígena a chegar à Presidência da Bolívia, destacou a importância de líderes indígenas nas lutas pioneiras contra a metrópole, ocorridas inclusive antes da insurreição de 1809 em Sucre, e disse que os povos da América Latina que foram "oprimidos politicamente" continuam a sua luta pela democracia para conseguir uma "segunda libertação" de inimigos internos e externos.
"O povo que esquece a sua luta e sua história é um povo que não tem consciência sobre seu destino", afirmou o boliviano.
O governo justificou a escolha de Villar pelo fato de que a sede do quartel de Juana Azurduy, uma heroína da guerra de independência boliviana, ficava naquele local.
Em Sucre, o ex-presidente Jorge Quiroga (2001-2002), que é líder de Poder Democrático e Social (Podemos), principal aliança opositora do país, lamentou que Morales tenha "insistido em distorcer e manipular a história, dividir os bolivianos, ofender Sucre e manchar a pátria". Para ele, a ausência de Morales foi "parte de uma campanha sistemática de sabotagem".

David Mercado/Reuters
Folha Online

Morales monta a cavalo para lembrar revolta contra colonização espanhola

Seg, 13 Jul, 12h06

La Paz, 13 jul (EFE).- O presidente da Bolívia, Evo Morales, liderou hoje um desfile com 240 cavaleiros do Exército em comemoração aos 200 anos do levante da cidade de La Paz contra a colonização espanhola.
Por alguns minutos, Morales e o vice-presidente Álvaro García Linera, montados a cavalo, se puseram à frente dos cavaleiros, que partiram da localidade de Patacamaya em direção à capital.
O chefe de Estado, que ainda hoje viaja para o Uruguai em visita oficial, destacou a iniciativa dos cavaleiros, que chegarão a La Paz na próxima quinta-feira, quando a revolta da cidade contra a Coroa espanhola completa 200 anos.
Morales também disse que, durante esta semana, a capital boliviana será visitada por alguns presidentes e representantes tantos das Forças Armadas dos países "libertados por Simón Bolívar" como de organizações sociais e indígenas de nações do continente.
O presidente equatoriano, Rafael Correa, foi o primeiro a confirmar sua participação nas comemorações em La Paz. A visita dele será uma reciprocidade à que Morales fez ao Equador em maio.
Segundo Morales, amanhã começarão a chegar a La Paz indígenas de países como Colômbia, Peru, Equador e Guatemala.
As celebrações acontecerão na quarta e na quinta-feira, dias de feriado em La Paz. EFE.

http://br.noticias.yahoo.com/s/13072009/40/mundo-morales-monta-cavalo-lembrar-revolta.html

10 de julho de 2009

Venezuela celebra bicentenário da independência

Claudia Jardim

De Caracas para a BBC Brasil.


O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, celebrou nesta segunda-feira o bicentenário da independência do país com uma série de eventos na capital, Caracas.
A comemoração teve início diante do túmulo de Simón Bolívar, onde Chávez depositou flores no Panteão Nacional, incluiu uma grande parada militar e civil, com diferentes grupos da sociedade venezuelana como estudantes, indígenas e esportistas, e terminará com uma cúpula extraordinária da Aliança Bolivariana para as Américas (Alba).
Também participaram das celebrações o líder cubano, Raúl Castro, a presidente da Argentina, Cristina Kircher, da Bolívia, Evo Morales, da Nicarágua, Daniel Ortega, e da República Dominicana, Leonel Fernández.
Segundo o correspondente da BBC em Caracas Will Grant, milhares de venezuelanos participaram da comemoração, que se tornou um evento pró-Chávez como nenhum outro. Em todo lugar, apoiadores do presidente vestiam camisetas vermelhas, em referência à “revolução bolivariana” e acenavam bandeiras do país.
Durante um discurso, Chávez disse que suas políticas socialistas eram parte “da mesma batalha travada por Bolívar para a independência do país”.

EUA

O presidente também voltou a atacar os Estados Unidos durante as celebrações.
"Nunca mais a Venezuela será colônia ianque, nem colônia de ninguém. Chegou a hora da nossa verdadeira independência, 200 anos depois", disse Chávez.
Em 19 de abril de 1810 foi instalada na Venezuela uma primeira forma de governo autônomo, e teve início o processo de independência do país, que seria concretizado após a batalha de Carabobo, em 24 de junho de 1821.