Edital MCT/CNPQ 14/2008 Universal Processo 470333/2008-1



12 de dezembro de 2009

12 ANOS DE PATRIMÔNIO CULTURAL DA HUMANIDADE: SÃO LUÍS/MA


Por ocasião das comemorações dos 12 anos de inscrição do Centro Antigo de São Luís na Lista do Patrimônio Cultural da Humanidade (UNESCO), parece justo elaborar algumas breves reflexões sobre o valor dessa data. O Patrimônio Histórico e Cultural da cidade já recebeu diversas intervenções de engenharia e arquitetura com gastos vultosos, num lugar em que esses investimentos só têm beneficiado economicamente poucas pessoas e grupos (especialmente estrangeiros e proprietários dos imóveis). É lógico que se poderia dizer que as pessoas e grupos que freqüentam o local também são beneficiários, mas convenhamos só nos tratam como consumidores e não como cidadãos – aliás, raras vezes se vai ao Centro ‘Histórico’ (Projeto Reviver), para a admiração ou contemplação de algum bem cultural ou artístico, que são raríssimos e precários; comumente se vai para beber, comer, passear e namorar... o que se faz na medida do possível. Todavia, permanecem perguntas difíceis de responder, por exemplo: por que há tanta aceitação e consenso nessas práticas de ‘preservação’? Por que todo mundo concorda com essas práticas de patrimonialização vigentes? Que consenso é esse, qual a sua natureza sociológica? Esses questionamentos devem ser feitos sem qualquer juízo de valor, isto é, não se trata de a priori considerar certo ou errado, positivo ou negativo, mas, de interrogar, problematizar – o que também é um direito de cidadania. Assim, continuamos a refletir e a indagar: como se adquiriu tanta legitimidade, tanta unanimidade nessas práticas e discursos? Não há uma voz sequer que questione isso? Como pode toda contestação marginalizar-se e os contrários e os opostos desapareceram de cena? Como se conseguiu isso, quais os custos e benefícios disso? Onde são aprovados esses projetos de intervenção urbana?
Evidentemente que todo esse processo está sujeito a intercessão de diferentes representatividades e significações; acerca do valor cultural e histórico dessas intervenções de engenharia e arquitetura (urbanismo). Mas, pergunta-se: e a critica à política de Revitalização dos Centros Antigos ‘Históricos’ em nosso país, o que aconteceu com ela? Algum dia houve? Sabemos que hoje existe uma poderosa indústria por trás desse consenso todo: o turismo. E a hipótese mais certa é que essa máquina se move pela força da ‘Ideologia do Desenvolvimento’ – promessa requentada a todo ano pelos empreiteiros, empresários e industriais do país: o ‘turismo’ será a redenção econômica do Nordeste e dos pobres desse país...
Mas, afinal qual a representatividade, ou legitimidade, desses processos de patrimonialização na sociedade atual? Por que a figura do ‘Patrimônio Cultural’ justifica-se plena e unanimemente através desses tipos de intervenções e ‘enobrecimentos’ para o consumo das novas classes médias? Só a ‘turistificação’ é a resposta? Por que se aceita com tanta facilidade o esquecimento do ‘humano’ e do ‘imaterial’ nesses empreendimentos? Por que tanta fixação nos cenários físicos? Algumas vezes aparece, acolá, um projeto de ‘bem cultural imaterial’, mais, ali, um ‘Centro Cultural’, mais, aqui, um ‘Museu’ de alguma coisa, mas, todos já sabem, são apenas mais um álibi, nada mais...
Parece-nos, ao contrário, que um ‘Olhar Sociológico’ – que provoca tanta resistência – pode potencializar uma abordagem verdadeiramente crítica. É uma esperança de podermos enfim perscrutar as contradições desse processo. Porém, trata-se de uma questão metodológica geralmente esquecida e ocultada, até mesmo nas Universidades; e certamente isso é devido a força poderosa dos consensos (afinal os acadêmicos também querem a sua ‘mais-valia’). Assim, dissemina-se o seguinte: pouco se ‘ouve’, efetivamente, os discursos dos agentes públicos e privados, e pouco se ‘vê’, efetivamente, o que realmente fazem: carecemos de uma sócio-análise profunda.
Então, parece certo, o núcleo problematizador e orientador de nossas pesquisas deveria ser: como são legitimadas essas práticas sociais de patrimonialização na atualidade? Como se formam esses consensos e unanimidades? Como esses enunciados foram potencializados de tal forma que hoje já não sofrem qualquer crítica ou avaliação relativizadora? Para os pesquisadores e estudantes: é preciso fazê-los ‘ver’ e ‘ouvir’ essas ‘unidades discursivas’; mostrar-lhes que essas 'estruturas significativas' podem ser isoladas, e aí, sim, se tomar uma perspectiva crítica em relação a essas práticas discursivas dominantes. Como se sabe, o consumo para a classe média tende a se intensificar - de modo sem precedentes na sociedade brasileira - tornando-se esse ‘objeto sociológico’, objeto privilegiado de estudo para os que querem refletir e pensar com os ‘olhos livres’. É um fato sociológico importante estudar hoje o ‘turismo cultural’ e a indústria que tem transformado toda a cultura em mercadoria valiosa e cobiçada. Mas isso não deve ser tratado e analisado apenas pelos 'economistas da cultura'. É preciso formar estudantes e pesquisadores livres para que possam investigar e pesquisar livremente, sobre o poder do agenciamento da cultura e do patrimônio - processo que vai ser inaugurado logo, e intensificado, com os trabalhos de promoção econômica e política (engenharia cultural e política) para a realização da Copa do Mundo de Futebol em 2014 e as Olimpíadas em 2016. É preciso formar estudantes e pesquisadores que possam, através de uma arqueologia, e/ou genealogia, sensível e crítica, avaliar as práticas e discursos (enunciados) em nome da conservação, preservação e promoção cultural em nosso país. Trabalho que é imprescindível e urgente: trata-se de uma verdadeira sociologia da emergência cultural!

8 de dezembro de 2009

Dialética da Permanência do Passado II


Desafios à Política Cultural: Patrimônios ‘afetivos’, memória social e desenvolvimento.

A partir da nossa experiência empírica em projetos de extensão universitária (pesquisa-ação) enfrentamos diferentes faces contraditórias de um projeto de ação cultural com grupos em situação de marginalidade e risco social.
O ponto central a ser destacado nesse processo é a contradição fundamental que se expressa a partir de uma ação de ‘recuperação do passado’ traumático em comunidades empobrecidas que manifestam fortes resistências a essa ação ‘romântica’.
Como a memória social dos grupos marginalizados de modo algum é ‘rósea’ – o retorno do encoberto torna-se evidentemente conflituoso se chocando e esbarrando com a ‘visão romântica’ e ingênua dos agentes de cultura e patrimônio (‘educação patrimonial’) – geralmente vindos das classes médias, em plena ascensão social.
As comunidades desejam ‘projetos’ de ‘desenvolvimento’ e melhoria de vida e os agentes culturais desejam recuperar o passado.
Esse conflito gera uma série de mal-entendidos e contradições que merece uma análise social (sócio-análise) apurada e sustentada em pesquisas orientadas.

A ANTROPOGEOGRAFIA DE RAIMUNDO LOPES SOB INFLUÊNCIA DE EUCLIDES DA CUNHA.

(O geógrafo ao tempo em que escreveu 'O Torrão Maranhense')
RESUMO
Um breve texto sobre a obra etno-geológica de Raimundo Lopes. Memória da Etnologia no Maranhão e no Brasil. Intelectual maranhense da primeira metade do século XX, herdeiro da tradição antropogeográfica de Friedrich Ratzel, Emmanuel Martone, assim como do grande autor brasileiro Euclides da Cunha.

Palavras-chave: Etnologia Brasileira – Memória etnológica – Antropogeografia maranhense.

ABSTRACT
A brief essay about the ethno-geologic work of the Raimundo Lopes. The memory of the ethnology in Maranhão and Brazil. The local intellectual of the beginning century XX. Legatee of the tradition anthropogeographic of the Friedrich Ratzel, Emmanuel Martone, as well as the Brazilian great author Euclides da Cunha.

Key Words: Brazilian ethnology – Ethnologic memory – regional anthropogeography.

Texto de Alexandre Fernandes Corrêa - UFMA
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Resenha de livro raro: 'Uma Região Tropical', de Raimundo Lopes
Paulo Avelino avelino@roadnet.com.br http://fla.matrix.com.br/pavelino
ICQ# 53760772

LOPES, Raimundo. Uma região tropical. Rio de Janeiro: Cia. Editora Fon-fon e Seleta, 1970. 197p. Coleção São Luís, volume 2.

As viagens de turismo talvez sejam a maior ilusão desses tempos de ilusões. Tem os problemas de sempre, como os prefeitos achando que a gente tem o dever de visitar suas cidades embora eles não preservem a história nem recolham o lixo. Tem os guias de turismo, uma categoria de gente sorridente que se convenceu de que seus clientes são uns imbecis e os trata como tal.
Mas o principal problema não são esses. É que – a terra existe, o povo existe. São perceptíveis a nosso olho e demais sentidos. Quando viajamos estamos lá: nosso olho e o mundo, cara a cara. Mas uma das desgraças de ser humano é que o mundo nunca se nos apresenta integral. O mundo em estado de nudez não é apreendido por nós. Sempre precisamos de uma mediação. Um rio é só um rio – até que sabemos que ele era usado como refúgio de piratas, que uma organização está realizando eventos para arrecadar dinheiro para preservá-lo e que houve um quilombo de escravos nas suas margens cujos descendentes ainda estão por lá – o rio ganha uma outra dimensão. Uma casa velha é só uma casa velha – até que sabemos que foi feita com óleo de baleia pois não havia cimento na época. Quando ganhamos conhecimento o próprio mundo muda – daí a proposição do filósofo Ludwig Wittgenstein os limites da minha linguagem são os limites do meu mundo. Se viajamos sem conhecimento o mundo muda muito pouco – aquele lugar visitado não entra em nosso mundo, apenas o roça – como uma sombra que lembramos vagamente.
Quando visitei o Maranhão em dezembro de 2001 o estado estava em voga – a governadora era a candidata conservadora de plantão. Eu ia para os Lençóis Maranhenses. Mas ao desembarcar do avião e antes de pegar o ônibus corri a um sebo na rua Sete de Setembro em São Luís, perto do Teatro Artur Azevedo. E foi aí que pela primeira vez ouvi falar em Raimundo Lopes da Cunha.
Raimundo Lopes foi uma dessas verdadeiras mentes brilhantes, só que sem necessidade de mercadologias ruliúdianas. Escreveu seu primeiro livro, “O Torrão Maranhense”, considerado pelos especialistas o primeiro bom livro de geografia sobre a região. Só que o escreveu quando a maioria das pessoas está pensando em outras coisas que em teorias geográficas – ele o escreveu aos dezesseis anos. E o publicou no ano seguinte, 1916 (nascera em 1899). Pouco depois entrou para a Academia Maranhense de Letras, e uma de seus pontos altos, segundo quem leu (eu não tive acesso a tal texto) foi o elogio a Maranhão Sobrinho. Esse era um poeta então recentemente falecido e com uma poética moderna. Anos depois o concretista Augusto de Campos o homenageou com o ensaio Stefânio Maranhão Mallarmé Sobrinho.
Nos anos vinte Raimundo Lopes fez escavações pelo interior do estado, e disso resultaram descobertas responsáveis por duas das três menções ao seu nome que existem na Internet. Uma é a estearia do lago Cajari, no município de Penalva, no vale do grande rio Pindaré. Estearias ou cacarias eram os nomes que o povo da região dava ao que o quase menino (tinha pouco mais de vinte) professor de geografia descobriu que eram na verdade vestígios de uma aldeia de palafitas de pessoas que habitavam aquele mesmo lugar, sobre a superfície daquele mesmo lago, cerca de dois mil antes de Cristo. Foi uma descoberta importante. Eram as primeiras habitações lacustres encontradas em todo o mundo fora da Suíça. As primeiras no continente americano. Pesquisadores do Museu Nacional e do exterior louvaram esse feito. Depois ele realizou outra descoberta, o sítio cadastrado como MA-SL-4, também chamado de Sambaqui da Maiobinha. Sambaquis são pilhas de conchas, peixes e outros vestígios de povos que viviam á beira-mar. Esse é bem próximo da capital, na estrada entre São Luís e a cidade-dormitório de São José de Ribamar, sítio que o próprio IPHAN classificou como relevância Alta.
Na década de trinta começaram a sair no Boletim do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio os capítulos sucessivos do livro que comprei no sebo, Uma Região Tropical. Tempos depois, no final dos sessenta, a SUDEMA – Superintendência do Desenvolvimento do Maranhão – escolheu alguns livros clássicos sobre o estado. E reeditou este livro, que é uma ampliação d´”O Torrão Maranhense” ou, como diz o anônimo autor da notas de introdução, “o alargamento, o aprimoramento ou o fortalecimento das idéias e das análises do seu primeiro livro”.
Foi esse o livro que me serviu de companhia enquanto eu adentrava o estado em uma rodovia nova com paradas de ônibus imundas. As rodovias novas se explicavam: a candidata conservadora estava querendo mostrar que sabia fazer estradas, e que suas idéias provavelmente não eram diferentes das de Washington Luís, o tal que dizia que governar é abrir estradas. As paradas imundas e a sujeira de plástico e lixo em geral perto das cidades também eram tristemente lógicas: estava rumando para uma região que sempre foi paupérrima dentro de um estado que já foi rico e hoje é pobre.
Foi com Raimundo Lopes que eu descobri que o Maranhão é historicamente como quatro dedos espalmados, sendo cada dedo um rio. Da esquerda para a direita, o Pindaré, o Grajaú, que é afluente do próximo, o Mearim, e o Itapecuru. Todos convergindo para a Baía de São Marcos, onde está São Luís. Foi nos vales desses rios, caudalosos rios, que se instalou mais uma onda de civilização do açúcar em meados do século XIX. Os barcos dos latifundiários subiram esses rios queimando matas, cortando árvores e fazendo um mar de cana. Posteriormente o algodão, quando a guerra civil americana empurrou para cima os preços do produto. O mais importante era o Itapecuru, um rio polvilhado de cidades na sua margem, com navegação a vapor e depois ferrovias. Sua principal cidade, Caxias, deu origem ao título que um personagem importante do Império recebeu. Em 1872 quando do primeiro censo São Luís tinha um produto bruto maior que São Paulo capital. Era a época dos casarões de quatro andares.
A região para a qual eu ia não tinha nada disso. Pelo contrário, como dizem os prospectos para turistas, os Lençóis Maranhenses “são o único deserto brasileiro”. São uma sucessão de dunas salpicadas de lagos em forma de meia-lua que se enchem durante a estação chuvosa. Essa morraria (é assim que o povo a chama) se estende de forma absolutamente uniforme no sentido do sudoeste, o sentido do vento. A cidade mais próxima, Barreirinhas, era uma espécie de oásis porque é contada por um rio, o Preguiças. Segundo a “Enciclopédia dos municípios brasileiros” de 1959 era um refúgio dos negros fugidos. A cidade sofreu muito com a Balaiada, na década de 1830. Seu rebanho de gado foi todo dizimado, a enciclopédia não diz se por vingança ou por que os exércitos que passavam se alimentavam dos bois. Curiosamente a falta de terreno para a agricultura que fez com a região ficasse abandonada hoje é sua grande atração – os turistas vêm ver o areal. E com o declínio dos preços do algodão e pouco depois com a abolição da escravatura – os escravos eram os que trabalhavam para valer – o Maranhão teve sua indústria e prosperidade desmanteladas.
Raimundo Lopes não viveu muito. Na década de 1930 dava radioaulas na Rádio MEC sobre geografia, que depois foram coletados por um seu irmão e publicados sob o nome “Antropogeografia – suas origens, seu objeto, seu campo de estudo e tendências”. Este livro é responsável pela terceira e última menção a Raimundo Lopes da Cunha existente na Internet. Morreu em 1941, com apenas quarenta e dois anos de idade, quando trabalhava no Museu Nacional. Anos depois a SUDEMA pediu permissão a sua viúva Graziella Costa Lopes da Cunha, residente no Rio como toda a família, para a publicação de Uma Região Tropical, que anos depois fui encontrar num canto dum sebo de São Luís. Alguma coisa que restou de uma mente brilhante, que me deu linguagem para que eu pudesse ver além das praias e folhetos.

Raimundo Lopes na Internet:
http://www.iphan.gov.br/bancodados/arqueologico/mostrasitiosarqueologicos.asp?CodSitio=5431
http://www.iphan.gov.br/bancodados/arqueologico/mostrasitiosarqueologicos.asp?CodSitio=5434
http://acd.ufrj.br/museu/bibliote/revimn96.txt

24 de novembro de 2009

Boston Children's Museum


300 Congress Street
Boston
(617) 426-6500
Open daily 10am – 5pm, Fridays until 9pm
www.bostonchildrensmuseum.org

Boston Children’s Museum is the place for children and the adults in their lives to experience the fun of learning. With three floors of exciting exhibits and activities, there is something for every child, from the aspiring artists and actors to the budding engineers and scientists—to enjoy. Museum visitors can scamper up the three-story climb, play on the light-up dance floor, and create their own artwork. The Museum also holds special events throughout the year that focus on different cultures, the environment, science, and other topics. As an early museum experience for children, Boston Children’s Museum encourages imagination, curiosity, questioning, and realism.

CHILDREN'S MUSEUM OF MANHATTAN


About the Children's Museum of Manhattan

The mission of the Children's Museum of Manhattan (CMOM) is to inspire children and families to learn about themselves and our culturally diverse world through a unique environment of interactive exhibitions and programs.
Last year, CMOM served more than 350,000 people, which included 65,000 children who visited the Museum as part of a school group or through one of the Museum’s off-site partners. CMOM is committed to making its exhibits and programs available to all, and with nearly 50 sites around New York City, we continually reach thousands of families who might not otherwise be able to benefit from our services.
CMOM’s four priority areas are meant to impact children in ways that will last a lifetime: early childhood education prepares children to enter kindergarten; creativity in the arts and sciences inspires creative and analytical thinking skills for lifelong learning; healthy lifestyles programs provide a blueprint for a family's physical, emotional and environmental well being; and the exploration of world cultures gives children awareness, understanding and context for the diverse society they are part of. These priorities are met through exhibitions, classes, workshops, performances and Museum-sponsored festivals.
CMOM’s programs and exhibits are designed to address the multiple ways children learn and to help parents understand and support their children’s development. This approach is reflected in all the Museum’s exhibits, including the celebrated PlayWorks™ floor for pre-schoolers, Gods, Myths and Mortals: Discover Ancient Greece designed as an introduction to art, science and literature; and the Healthy Living programming produced with healthcare providers to encourage good nutrition and daily exercise. Professional Development training is offered to early childhood and school educators as a means to broaden CMOM’s influence in reaching children and their families effectively.
Every week over 80 workshops, classes and performances are offered free with admission to the Museum, deepening the CMOM experience with related literacy-based activities, diverse cultural experiences and the performing arts. Every CMOM program is based on research, evaluation and testing.

2 de agosto de 2009

ECOMUSEU 'DEVIR CRIANÇA'



Evento: Mestres e Conselheiros (UFMG/2009)

ECOMUSEU DEVIR CRIANÇA:
Ação cultural no âmbito das heranças sociais no mundo infanto-juvenil.

"Do Passado Emergirão as Crianças do Futuro". Wilhelm Reich.

Esta proposta de comunicação originou-se de experiências em pesquisa e extensão universitária desenvolvidas pelo Projeto de Ação Cultural “Teatro das Memórias Sociais”, no Bairro do Desterro em São Luís/MA, desde o ano de 2004. Esse projeto teve como proponente a Associação de Moradores do Centro Histórico e contou com o apoio da Fundação Municipal do Patrimônio Histórico. Inicialmente nossos trabalhos foram promovidos de acordo com os métodos da ‘História das Cidades e dos Sítios Históricos’ (Living History). Contudo, após uma leitura mais crítica desses procedimentos, desenvolvemos outras técnicas em que a forma criativa de ensinar pudesse ser aplicada de forma mais ativa, superando “o falso amor ao passado”, próprio da civilização urbana moderna (Lévi-Strauss). Num contexto de “crise das significações sociais” (Durkheim & Castoriadis) observa-se difundir e disseminar uma “crise do futuro”, em que viceja e recrudesce um “retorno ao passado”, como uma fuga nostálgica: “quando o futuro está doente, acaba ocorrendo um retorno ao passado” (Morin). Para haver um investimento simbólico no futuro é necessário que no presente o passado venha como algo já vivido, entrelaçado às elaborações e conquistas na construção de referências identificatórias (Aulagnier). A herança recebida passa por um processo de identificação e historicização que nomeia e inscreve em cada singularidade uma pertença no presente com abertura para a criação de ideais futuros do sujeito em formação. A partir desse trabalho de pesquisa-ação sobre novas práticas museológicas e também de reflexões sobre o mundo psico-cultural infanto-juvenil, constatou-se que os impasses e obstáculos epistemológicos (Bachelard) presentes no início do trajeto só poderiam ser ultrapassados numa interface dialógica entre Antropologia (Culturanálise) e Psicanálise. Diálogo que está fundado em uma reflexão sobre as formações subjetivas e o laço social a partir do imaginário e do simbólico (Lacan), pois detectou-se que a crise do futuro aponta para uma quebra simbólica no campo subjetivo dos registros de nomeação e do sentimento de pertença. Nossa proposta para esse evento leva em conta tal diálogo para que se possa levar a frente um processo de transmissão das heranças culturais e das memórias sociais em que a criança e o jovem sejam convidados a serem introduzidos no laço social, aprendendo de forma participativa, criativa e imaginativa, ao invés de ser objetalizada em técnicas de entretenimento coisificantes. Nosso objetivo, então, é o de escapar da ‘museomania’ romântica: o EcoMuseu ‘Devir Criança’ investe em outra direção. Trata-se de buscar novas práticas culturais e museológicas inspiradas nos movimentos da década de 1960-70, quando se deu o início à Nova Museologia e as propostas de criação dos EcoMuseus. Foi o começo de um longo enfrentamento contra a museologia tradicional e convencional. Como em nosso país o paradigma convencional é ainda dominante, nosso trabalho enfrentou de imediato uma forte resistência em relação ao Signo-Museu. Desafortunadamente, não temos disseminado em nosso contexto sócio-cultural uma visão na qual o museu é reconhecido como uma instituição viva, que faz pesquisa, produz novos conhecimentos e vinculada ao sistema de lazer, formação, criação artística e científica. Esse cenário dificultou nosso trabalho, mas não foi um obstáculo intransponível.

Palavras-chave:
Culturanálise – Ação Cultural – Laço Social – Museologia – Mundo Infanto-Juvenil

Autores:
Adriana Cajado Costa: Psicóloga/Psicanalista. Mestre e Especialista em Psicologia Clínica (PUC/SP). Doutoranda em Psicanálise (UERJ). E.mail: adricajado@hotmail.com
Alexandre Fernandes Corrêa: Professor Associado de Antropologia (DEPSAN/UFMA), Doutorado em Ciências Sociais: Antropologia (PUC/SP). Pós-Doutorado: Antropologia (UFRJ/CNPq & UERJ). Membro do Programa de Pós-Graduação e Cultura e Sociedade (UFMA). Conselheiro de Cultura do Estado do Maranhão. E-mail: alexandre.correa@cnpq.pq.br

Internet:
GPEC: http://gpeculturais.blogspot.com/
LAPSU: http://psicanalisesaudemental.blogspot.com/

30 de julho de 2009

HERANÇAS: Silviano Santiago



SINOPSE

Em 'As raízes e o labirinto da América Latina', seu novo livro, o escritor, ensaísta e crítico literário Silviano Santiago, um dos mais originais e prestigiados pensadores da atualidade, colecionador de vários prêmios como o Jabuti e o Portugal Telecom, parte de 'Raízes do Brasil', de Sérgio Buarque de Holanda e 'O labirinto da solidão', do mexicano Octavio Paz, para sugerir uma nova compreensão da América Latina. Assim presta uma dupla homenagem aos intelectuais que pensaram o continente e faz uma interpretação inédita de ambos.
A partir dos aparentes protagonistas de cada livro – o barão que definiria o brasileiro pela herança ibérica e, em contraste, o pachuco que definiria o mexicano como um pária -, Santiago nos mostra como os autores rebatem suas próprias premissas e revelam o que ele chama de inconsciente-do-texto. Mais do que o barão, o brasileiro carrega em si o semeador que planta ao acaso – em contraste ao ladrilhador organizado da colonização espanhola. Já em Octavio Paz, a mulher, que no mito mexicano é vista como inferior, acaba se mostrando um espelho do pachuco, uma chance de abertura ao mundo. De uma visão aparentemente preconceituosa da mulher, revela-se a possibilidade de libertação do "labirinto da solidão".
Nesse caminho de revelar o que cada escritor "comanda e o que ele não comanda dos esquemas da língua de que faz uso", Silviano Santiago se apóia em teóricos como Jacques Derrida, e identifica traços do surrealismo no poeta que transcende o ensaísta Octavio Paz e do construtivismo no racionalismo de Sérgio Buarque. Um dos grandes méritos de 'As raízes e o labirinto da América Latina' é esse seu caráter multi e interdisciplinar, a complexidade com que Silviano Santiago une suas facetas de ensaísta, crítico literário e poeta, servindo-se de teoria da literatura, história, arte, filosofia e lingüística para ir além da superfície dos textos.
Mais do que uma interpretação histórica e sociológica para a América Latina, o autor analisa a construção narrativa dos autores. O brasileiro de Sérgio Buarque, em princípio definido positivamente, acaba por revelar a identidade do ócio e do desleixo – características com que o autor dá uma visão singular ao famoso "homem cordial" de Raízes do Brasil. O brasileiro é como o couro, maleável, em contraste ao cobre do hispano-americano analisado por Octavio Paz. No caso de Paz, percebe-se uma convivência no texto de uma marca ideológica e de uma visão vanguardista, esta só aparecendo quando o ensaísta dá lugar ao poeta. De forma magistral, Silviano Santiago deixa ver como, passando a ser poeta, e suplantando a história pela poesia, Paz torna o poeta também objeto de seu texto.

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SINOPSE

Num apartamento na Vieira Souto, Rio de Janeiro, tendo diante de si uma tela de computador e mais ao fundo o oceano Atlântico, o narrador de Heranças passa em revista seu passado de hábil empresário e maleável sedutor. O acúmulo de bens e mulheres perfaz o capital do relato, conduzido com lentidão e cinismo para dar conta das peripécias — melhor dizer negociatas — da alta burguesia brasileira nos últimos setenta anos.
Do fundo da tela, quando tudo em volta "começa a se esfumar" para quem escreve, vão surgindo traços de Belo Horizonte: o provinciano centro comercial nas décadas de 1940 e 1950 dobra-se à especulação imobiliária nos anos de chumbo e entra de sola na roleta financeira do final de milênio. O "olhar longitudinal", capaz de abranger largo período de tempo, concentra-se na história familiar do herdeiro. Após a morte do pai, dono dos Armarinhos S. José, planeja com sucesso a morte da irmã mais velha, toma posse da herança, lança-se de vez à promiscuidade dos negócios escusos, da política do favor e da alta rotatividade sexual.
O novo romance de Silviano Santiago opera um inesperado corte transversal na ficção brasileira contemporânea, ao apontar outras formas de enunciar questões relativas à burguesia nacional, pouco abordadas na sua radicalidade. Retoma a tradição cínica e jocosa que vem do realismo de Machado de Assis, e mistura com o melodrama de Nelson Rodrigues, para compor um texto que toma a via oposta àquela de heranças literárias mais recentes: banalização da linguagem, visão estereotipada do marginal, violência urbana tornada espetáculo.
No novo texto prevalece o "ritmo da agulha de costura", que o narrador resgata das fornecedoras de crochê e tricô da antiga loja de armarinhos do pai, agregando à trama mais ampla do processo econômico e social brasileiro a pontuação local. Alinhava passado e presente por dentro, abrindo espaço na história para o "comentário indireto", através do qual coloca em xeque os pontos de vista de uma burguesia que se revela por meio das trapaças discursivas que arma. A costura torna visíveis os arremates que lhe dão forma.
Por isso o novo milênio em Ipanema, representado pela imagem dolorida do Pico Dois Irmãos, é "cópia do vazio infinito da existência", que o protagonista de certo modo tenta salvar ao escolher um imprevisível herdeiro ao final da narrativa. Mas nada parece mudar. Sempre outro, sempre o mesmo: mar visto da janela, superfície líquida do computador — "a água empoçada metamorfoseou-se em frases", o leitor tem toda uma vida diante dos olhos.
Como no provérbio da epígrafe, o papel tudo agüenta, até que o fio da história seja rompido e mostre como as coisas "aparecem de maneira violenta e desesperadora". É a essa experiência liminar entre vida e morte que o leitor é chamado a participar; é ela que o novo romance de Silviano Santiago nos deixa como herança do futuro.

Wander Melo Miranda é professor titular de teoria da literatura na Universidade Federal de Minas Gerais, consultor do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e integrante do corpo editorial da Revista Margens/Márgenes.

19 de julho de 2009

Já são dez os indiciados da Operação Boi Barrica


Em mais uma bateria de interrogatórios da Operação Boi Barrica, a Polícia Federal indiciou outros quatro envolvidos no esquema de lavagem de dinheiro e crimes financeiros que seria comandado pelo empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
Agora já são dez os indiciados, dentre eles o próprio Fernando, que comanda os negócios da família no Maranhão, e sua mulher, Teresa Murad Sarney.
Os novos nomes da lista são João Odilon Soares Filho (indiciado por instituição financeira irregular, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro), Roberto Wagner Gurgel Dantas (falsidade ideológica e formação de quadrilha), Luiz Gustavo Almeida (falsidade ideológica e formação de quadrilha) e Paulo Nagem (tráfico de influência).
A PF não deu detalhes dos depoimentos porque o inquérito corre em segredo de justiça. Uma autoridade com acesso aos depoimentos informou que os quatro negaram envolvimento com as irregularidades. Desencadeada há um ano, a operação investiga uma rede de crimes cometidos pelo grupo, a partir de um saque de R$ 2 milhões, em espécie, feito por Fernando às vésperas da eleição de 2006 e registrada como movimentação atípica pelo Conselho de Fiscalização de Atividades Financeiras (Coaf).
Diretor financeiro do Grupo Mirante, o conglomerado de comunicação dos Sarney no Maranhão, João Odilon figura como sócio de pelo menos uma das empresas envolvidas nas transações suspeitas. Roberto Wagner Gurgel e Luiz Gustavo Almeida são apontados pela PF como "laranjas" de Fernando Sarney no empreendimento Marafolia. Paulo Nagem, por sua vez, aparece como intermediário em negociação que levou a Caixa Econômica Federal a patrocinar eventos da Marafolia.
As tratativas foram feitas com Fábio Lenza, à época vice-presidente da Caixa "por indicação política" de José Sarney, como observou a PF nos relatórios da operação.
A investigação foi desmembrada em cinco inquéritos, que apuram crimes como lavagem, corrupção, evasão de divisas, formação de quadrilha e tráfico de influência, além de instituição financeira irregular, atribuídos a familiares e aliados do presidente do Senado.
Apontado na investigação como cabeça da quadrilha e acusado de comandar um "forte esquema de tráfico de influência" em órgãos do governo federal comandados por apadrinhados de Sarney, Fernando foi o primeiro indiciado.
Por meio de nota de seu defensor, Eduardo Ferrão, o empresário negou as acusações e disse que vai provar sua inocência.
Na próxima semana será ouvida a última leva de suspeitos, entre eles a neta de Sarney, Ana Clara, que figura como sócia de empresas investigadas pela PF.
Também deverá ser ouvido o ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau, que deixou o cargo em 2007 depois de ser denunciado pelo Ministério Público como suspeito de receber R$ 100 mil de propina da construtora Gautama, pivô de um esquema de desvio de dinheiro público mediante licitações fraudulentas e superfaturamento de obras. Aliado antigo de Sarney, Rondeau negou as acusações e até hoje integra o conselho de administração da Petrobrás.
Foi também indiciada Luzia de Jesus Campos de Sousa, que gerenciava as contas de uma empresa criada pelos Sarney para movimentar dinheiro das empresas da família. Apontada como braço direito de Fernando, Luzia foi enquadrada pelos mesmos crimes do chefe. Os demais indiciados são Walfredo Dantas, Marcelo Aragão e Thucydides Frota, todos ligados ao evento Marafolia.

(De O Estado de S. Paulo, com informações da Redação do JP)

16 de julho de 2009

Festa do Dia da Bastilha: Mais de 300 carros são queimados na França


14/07/09 - 05h18 - Atualizado em 14/07/09 - 14h23

Polícia deteve 240 pessoas por diversos incidentes.
Dez mil policiais foram mobilizados para garantir a segurança nas ruas.
Pelo menos 317 carros foram queimados entre a noite de segunda-feira (13) e a madrugada desta terça (14), na França, que já comemora a Festa Nacional de 14 de Julho, o Dia da Bastilha, informou a direção Geral da Polícia Nacional (DGPN).
Nos últimos anos, houve distúrbios em todo o país. A cifra registrada em 2009 reflete um aumento de 6,73% frente ao balanço do ano passado, quando 297 veículos foram queimados entre os dias 13 e 14 de julho.
240 detidos

Ao longo da noite, a polícia deteve 240 pessoas por diversos incidentes.

Como sempre, o ministério francês do Interior montou um esquema especial de segurança para a data da Festa Nacional e sua véspera. Entretanto, o responsável pela pasta, Brice Hortefeux, disse que as medidas tomadas para 2009 são "sem precedentes".
Segundo ele, dez mil policiais foram mobilizados para garantir a segurança durante os diversos festejos e cerimônias oficiais convocados na França por ocasião do 14 de julho.
Desse efetivo, cerca de 3.500 agentes vigiarão o principal ato da data, o desfile militar desta terça, em Paris, que será liderado pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy.

Soldados indianos lideram desfile de 14 de julho na França

Paris, 14 jul (EFE).- Cerca de 400 soldados indianos lideraram hoje o tradicional desfile de 14 de julho que percorreu o Champs-Elysées, em Paris, perante o chefe de Estado francês, Nicolas Sarkozy, e seu convidado de honra este ano, o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh.
Oficiais, suboficiais e soldados do Exército, da Marinha e da Aeronáutica da Índia abriram a cerimônia mais tradicional da Festa Nacional da França, em um gesto com o qual o país quis ressaltar a "associação estratégica" que o une à Índia desde 1998.
Sarkozy e sua esposa, Carla Bruni, acompanharam a cerimônia na tribuna presidencial acompanhados do primeiro-ministro da Índia e de outras autoridades, como o primeiro-ministro cambojano, Hun Sen; o presidente alemão, Horst Köhler; e o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jaap de Hoop Scheffer.
É a primeira vez que um responsável da Aliança Atlântica assiste ao desfile da Festa Nacional da França desde 1967, ano em que o país deixou o comando militar da Otan, à qual se reintegrou este ano.
Após o desfile, Sarkozy teve um almoço de trabalho com Singh, antes da tradicional recepção de 14 de julho nos jardins do Palácio do Eliseu, onde este ano, e devido à crise econômica, o número de convidados foi reduzido a cerca de 5 mil pessoas, um terço a menos que no ano passado.
O programa oficial da Festa Nacional terminará esta noite com os tradicionais fogos de artifício perante a Torre Eiffel e com um show gratuito do cantor Johnny Hallyday.
http://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2009/07/14/ult1808u143480.jhtm

A queda da Bastilha

No dia 14 de julho de 1789 o povo de París saiu às ruas para protestar contra o regime monárquico opressor. Os populares invadiram a Bastilha, fortaleza que simbolizava o Absolutismo real, libertaram presos e derrubaram o prédio. O fato simboliza o início da Revolução Francesa.

1789 - Populares organizam uma revolta e derrubam a Bastilha, em Paris. O fato é o início simbólico da Revolução Francesa.
1816 - Morre Francisco de Miranda, precurssor da independência da Venezuela.
1881 - É assassinado o legendário pistoleiro norte-americano Billy "El Niño".
1893 - O general José Santos Zelaya se proclama ditador da Nicarágua.
1918 - Nasce Ingmar Bergman, diretor sueco de cinema e teatro.
1928 - Nasce o guerrilheiro Ernesto Che Guevara.
1958 - Em uma revolução no Iraque, é assassinado o rei Faisal II. A morte do monarca foi o ápice de um golpe de Estado dirigido por Karim Kassem.
1965 - A Junta Militar do Equador impõe a lei marcial em Guaiaquil. Estudantes do país promovem revoltas contra a imposição.
1972 - Morre o escritor mexicano Emílio Abreu Gómez.
1979 - É aprovada uma nova constituição no Peru. O documento propunha uma democratização imediata do país.
1982 - Termina a guerra entre Argentina e Reino Unido pelas Ilhas Malvinas. O conflito foi encerrado após a rendição do exército argentino.
1990 - É eleito o novo Secretariado do Partido Comunista da URSS, liderado por Mijail Gorbachov.
1997 - Milhões de pessoas saem às ruas da Espanha para protestar contra a violência do grupo separatista ETA. Os terroristas haviam assassinado o conselheiro Miguel Angel Blanco. Foi a maior manifestação popular já registrada no país.
1998 - Morre Richard McDonald, empresário norte-americano que criou a rede de restaurantes Mc Donald's, a maior do mundo.
1999 - Argentina e Reino Unido firmam, em Londres, um acordo que permite o acesso de argentinos às Ilhas Malvinas. Este foi um grande passo para a normalização das relações entre os dois países, que se enfrentavam desde a década de 80 pela soberania do arquipélago.
2000 - Um júri de Miami autoriza o pagamento de uma indenização milionária a fumantes da Flórida por parte das fabricantes de cigarro. A sentença obribava os fabricantes a pagar US$ 145 milhões aos fumantes lesados pelo uso do cigarro. As indústrias tabagistas recorreram.

Redação Terra

15 de julho de 2009

Festa de 200 anos de Revolta na Bolívia


Governo e oposição racham festa de 200 anos de revolta na Bolívia
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da Efe, em La Paz, da Folha Online

O governo e a oposição bolivianos se dividiram nesta segunda-feira na comemoração dos 200 anos da revolta da cidade de Sucre, palco da primeira revolta americana contra o colonialismo espanhol, em 25 de maio de 1809.
Em Sucre, o ato de comemoração pelo bicentenário reuniu os principais líderes opositores. O presidente, Evo Morales, foi fazer seu discurso sobre o bicentenário na cidade de Villar, a 203 km de Sucre. Os opositores acusaram Morales de provocar uma "divisão" no país ao convocar um ato paralelo.

O presidente Evo Morales faz o discurso durante festa em Villar

Em discurso transmitido pela imprensa estatal, Morales, que é o primeiro indígena a chegar à Presidência da Bolívia, destacou a importância de líderes indígenas nas lutas pioneiras contra a metrópole, ocorridas inclusive antes da insurreição de 1809 em Sucre, e disse que os povos da América Latina que foram "oprimidos politicamente" continuam a sua luta pela democracia para conseguir uma "segunda libertação" de inimigos internos e externos.
"O povo que esquece a sua luta e sua história é um povo que não tem consciência sobre seu destino", afirmou o boliviano.
O governo justificou a escolha de Villar pelo fato de que a sede do quartel de Juana Azurduy, uma heroína da guerra de independência boliviana, ficava naquele local.
Em Sucre, o ex-presidente Jorge Quiroga (2001-2002), que é líder de Poder Democrático e Social (Podemos), principal aliança opositora do país, lamentou que Morales tenha "insistido em distorcer e manipular a história, dividir os bolivianos, ofender Sucre e manchar a pátria". Para ele, a ausência de Morales foi "parte de uma campanha sistemática de sabotagem".

David Mercado/Reuters
Folha Online

Morales monta a cavalo para lembrar revolta contra colonização espanhola

Seg, 13 Jul, 12h06

La Paz, 13 jul (EFE).- O presidente da Bolívia, Evo Morales, liderou hoje um desfile com 240 cavaleiros do Exército em comemoração aos 200 anos do levante da cidade de La Paz contra a colonização espanhola.
Por alguns minutos, Morales e o vice-presidente Álvaro García Linera, montados a cavalo, se puseram à frente dos cavaleiros, que partiram da localidade de Patacamaya em direção à capital.
O chefe de Estado, que ainda hoje viaja para o Uruguai em visita oficial, destacou a iniciativa dos cavaleiros, que chegarão a La Paz na próxima quinta-feira, quando a revolta da cidade contra a Coroa espanhola completa 200 anos.
Morales também disse que, durante esta semana, a capital boliviana será visitada por alguns presidentes e representantes tantos das Forças Armadas dos países "libertados por Simón Bolívar" como de organizações sociais e indígenas de nações do continente.
O presidente equatoriano, Rafael Correa, foi o primeiro a confirmar sua participação nas comemorações em La Paz. A visita dele será uma reciprocidade à que Morales fez ao Equador em maio.
Segundo Morales, amanhã começarão a chegar a La Paz indígenas de países como Colômbia, Peru, Equador e Guatemala.
As celebrações acontecerão na quarta e na quinta-feira, dias de feriado em La Paz. EFE.

http://br.noticias.yahoo.com/s/13072009/40/mundo-morales-monta-cavalo-lembrar-revolta.html

10 de julho de 2009

Venezuela celebra bicentenário da independência

Claudia Jardim

De Caracas para a BBC Brasil.


O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, celebrou nesta segunda-feira o bicentenário da independência do país com uma série de eventos na capital, Caracas.
A comemoração teve início diante do túmulo de Simón Bolívar, onde Chávez depositou flores no Panteão Nacional, incluiu uma grande parada militar e civil, com diferentes grupos da sociedade venezuelana como estudantes, indígenas e esportistas, e terminará com uma cúpula extraordinária da Aliança Bolivariana para as Américas (Alba).
Também participaram das celebrações o líder cubano, Raúl Castro, a presidente da Argentina, Cristina Kircher, da Bolívia, Evo Morales, da Nicarágua, Daniel Ortega, e da República Dominicana, Leonel Fernández.
Segundo o correspondente da BBC em Caracas Will Grant, milhares de venezuelanos participaram da comemoração, que se tornou um evento pró-Chávez como nenhum outro. Em todo lugar, apoiadores do presidente vestiam camisetas vermelhas, em referência à “revolução bolivariana” e acenavam bandeiras do país.
Durante um discurso, Chávez disse que suas políticas socialistas eram parte “da mesma batalha travada por Bolívar para a independência do país”.

EUA

O presidente também voltou a atacar os Estados Unidos durante as celebrações.
"Nunca mais a Venezuela será colônia ianque, nem colônia de ninguém. Chegou a hora da nossa verdadeira independência, 200 anos depois", disse Chávez.
Em 19 de abril de 1810 foi instalada na Venezuela uma primeira forma de governo autônomo, e teve início o processo de independência do país, que seria concretizado após a batalha de Carabobo, em 24 de junho de 1821.

27 de junho de 2009

Comité del Bicentenario Argentina 1810-2010


El Comité Permanente del Bicentenario de la Revolución de Mayo 1810- 2010 está integrado por el jefe de Gabinete de Ministros, Sergio Massa, el ministro del Interior, Florencio Randazzo, y el secretario de Cultura de la Nación, José Nun. La construcción del Bicentenario pasa, a mi juicio, por tres lugares. En primer término, por la realización de obras del Bicentenario, que ya se han comenzado a realizar, que tienen que ver con escuelas, con teatros, con restauración de monumentos históricos, con el desarrollo de la infraestructura productiva del país y que, desde luego, deberían ajustarse a una normativa apropiada. En segundo lugar, la construcción del Bicentenario pasa por la fijación de metas que deberían ir cumpliéndose en estos años, vinculadas a la reindustrialización del país, a la reforma fiscal, a la reforma política, a la reforma judicial. Hay que fijarles fechas en el calendario, de manera de llegar a 2010 con un gran festival que recoja todos los logros de estos cinco años. Por último, se trata de crear conciencia en la ciudadanía acerca de la importancia de la construcción misma del Bicentenario como un horizonte común que le dé sentido unificador a las obras y metas que debemos emprender de inmediato.

21 de junho de 2009

II SEMINÁRIO DO URBANISMO COLONIAL


II SEMINÃRIO DO URBANISMO COLONIAL: a construção da cidade portuguesa na América.

Data:
09 e 10 de julho de 2009.

Local:
Auditório do Centro de Artes – UFES.

Palestrantes externos confirmados:
José Aguiar (Universidade Técnica de Lisboa); Paulo Ormindo de Azevedo (UFBa); Beatriz Siqueira Bueno (USP); Cristina Coelho (FIOCRUZ-RJ) ; Luis Antonio Bolcato Custódio (IPHAN-RS); Maria Helena Ochi Flexor (UCSal); Manuel C. Teixeira (Universidade Técnica de Lisboa).

Coordenação:
Nelson Pôrto Ribeiro e Luciene Pessotti de Souza.

Organização:
Programa de Pós-graduação em Artes – UFES.

Patrocínio:
FACITEC/FAPES/ CAPES.

Maiores informações:
http://www.urbanismocolonial.blogspot.com/

18 de junho de 2009

Diversidade Cultural


Seminário Diversidade Cultural em Belo Horizonte na Mídia

Algumas matérias sobre o Seminário Diversidade Cultural - Entendendo a Convenção, promovido pelo Ministério da Cultura por meio da Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural, nos dias 3 e 4 de junho, em Belo Horizonte.
Seminário debate diversidade cultural em Belo Horizonte : Evento organizado pelo Ministério da Cultura debate convenção Unesco sobre o tema e busca instrumentos para promover diálogos entre culturas — 03/06/2009
Roda e ciranda pela diversidade: Meninas de Sinhá anima participantes no encerramento de seminário e relembra antigas músicas do cancioneiro popular — 05/06/2009
Cidadania plena é meta para diversidade cultural: Seminário sobre o tema em Belo Horizonte discutiu quatro artigos da convenção sobre a Proteção e a Promoção da Diversidade das Expressões Culturais — 04/06/2009
Valorizar diversidade é pensar a cultura além da dimensão econômica: Ao retirar a propriedade intelectual do centro do debate, convenção da diversidade retoma aspecto simbólico da cultura, avalia integrante do MinC — 04/06/2009
Sociedade tem papel para romper monopólio na cultura: Pressão e organização social abrem caminho no combate ao monopólio das indústrias culturais e aos efeitos nocivos da globalização — 05/06/2009
Para cineasta, desafio é tornar diversidade uma "exigência social": Novos recursos tecnológicos permitem mais autonomia a meios de produção de bens culturais, mas faltam indicadores para medir o volume de produção cultural fora ... — 05/06/2009
Bens criativos demandam rediscussão de plataformas culturais: Produtos e serviços ligados à cultura podem trazer desenvolvimento a países pobres, mas dificuldades de acesso a meios como a internet colocam necessidade de ... — 04/06/2009

Saiba mais: Seminário Diversidade Cultural
http://blogs.cultura.gov.br/diversidade_cultural/

16 de junho de 2009

Antonio Gramsci


Antonio Gramsci (Ales, 22 de janeiro de 1891 — Roma, 27 de abril de 1937) foi um político, cientista político, comunista e antifascista italiano.

Os 32 Cadernos do Cárcere, de 2.848 páginas, não eram destinados à publicação. Trazem reflexões e anotações do tempo em que Gramsci esteve preso, que começaram a 8 de Fevereiro de 1929 e terminaram em Agosto de 1935, por conta dos seus problemas de saúde. Foi Tatiana Schucht, sua cunhada, que os enumerou, sem todavia levar em conta sua cronologia.

Depois do final da guerra, os Cadernos, revisados por Felice Platone, foram publicados pela editora Einaudi – juntamente com as cartas que, da prisão, escrevia a familiares – em seis volumes, ordenados por temas, com os seguintes títulos:

- Il materialismo storico e la filosofia di Benedetto Croce 1948
- Gli intellettuali e l'organizzazione della cultura 1949
- Il Risorgimento 1949
- Note sul Machiavelli, sulla politica e sullo Stato moderno 1949
- Letteratura e vita nazionale 1950
- Passato e presente 1951.

Foi somente em 1975, graças a Valentino Gerratana, que os Cadernos foram publicados segundo a ordem cronológica em que foram escritos. Também foram recolhidos no mesmo volume todos os artigos de Gramsci nas publicações Avanti!, Grido del popolo e L'Ordine nuovo.

Textos:

ORTIZ, Renato . Notas sobre Gramsci e as Ciências Sociais. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 21, p. 51-57, 2006.
ORTIZ, Renato. Estudos Culturais. Tempo Social, são paulo, v. 16, 2004.
ORTIZ, Renato. As Ciências Sociais e a Cultura. Tempo Social, são paulo, v. 14, 2002.
ORTIZ, Renato. Cultura e Mega Sociedade Mundial. LUA NOVA, são paulo, n. 28, 1993.
ORTIZ, RENATO. A consciência fragmentada. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980.
ORTIZ, Renato . A Morte Branca do Feiticeiro Negro. PETRÓPOLIS: VOZES, 1978.

24 de maio de 2009

História vira terapia para crianças



Livro ajuda casos de dor e abandono

O ensaio não começou, mas os oito atores estão agitados. Alguns andam pela sala enquanto outros parecem nervosos com a presença de estranhos. Dizem que não dá sorte, ainda mais antes da estreia.
Rapidamente, porém, a escolha do figurino rouba a atenção do grupo. Entre provas de vestidos de fadas, bruxas, capas e coroas de reis, a ordem impera.
Não demora muito e eles resolvem partir para o ensaio. O texto ainda está confuso, faltam alguns personagens serem definidos e a protagonista não parece à vontade na roupa escolhida, mas em pouco tempo já fica claro que o resultado da montagem não é o principal. O mais importante é como eles chegaram até ali.
O caminho foi longo e penoso. São oito crianças em tratamento psiquiátrico que carregam o peso de conflitos, lutos e abandonos.
Elas estão em tratamento no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (HC), em São Paulo, com problemas que vão do transtorno bipolar, depressão e hiperatividade até a esquizofrenia. "Todos os casos aqui são graves, são crianças que não conseguiam se inserir na sociedade", explica a psicóloga Adriane Bacellar Duarte Lima, terapeuta e diretora da peça.
Se a vida trouxe os problemas, as respostas vieram dos livros de contos de fada, reproduções dos conflitos das crianças. Da fábula em que o personagem se torna órfão à história da princesa rejeitada, está tudo ali.
Em pouco tempo é possível perceber avanços, como a melhora no comportamento social, na criatividade, na coordenação motora e na fala.
A iniciativa partiu da Associação Viva e Deixe Viver, uma entidade dedicada a recrutar e treinar contadores de histórias para crianças e adolescentes hospitalizados. A entidade existe desde 1997, mas essa é a primeira experiência com pacientes de um hospital psiquiátrico.
O objetivo é utilizar as possibilidades terapêuticas que o brincar pode trazer. "Cada patologia incide de uma forma diferente em como a criança brinca", diz a psiquiatra Marisol Montero Sendin.
Quando chegaram, algumas delas não sabiam como brincar. A barreira parecia intransponível. Nesse ponto, os médicos e Valdir Cimino, fundador e diretor da Viva e Deixe Viver, perceberam que mais do que mostrar a eles que podiam brincar, os pais também precisavam participar.
Decidiram então estudar os pais de 65 crianças atendidas no instituto. O resultado mostrou que foram criados em um ambiente repleto de histórias e brincadeiras. Mas o mesmo não se repetiu com seus filhos.
Ou seja, com o nascimento de uma criança com patologia psiquiátrica, até mesmo os pais que foram mais estimulados durante a infância se sentem impotentes. "O objetivo é ensiná-las a brincar com seus filhos para que possam fazer isso também em casa", afirma Cimino.
Entre idas e vindas, interrupções e choros, o ensaio termina. Pouca coisa parece definida. A única certeza é que eles estão saindo dali melhor do que entraram.

29 de janeiro de 2009

400 anos de São Luís, na UFMA


INAUGURAÇÃO DA SALA DO GT UFMA SÃO LUÍS 400 ANOS. MARÇO DE 2009

SÃO LUÍS - A Universidade Federal do Maranhão se prepara lançar, em março, o Grupo de Trabalho (GT) São Luís 400 Anos. Parte integrante do projeto Patrimônio e Memória, mantido por aquela instituição de ensino, o GT terá como um dos objetivos envolver a sociedade civil e poderes constituídos na celebração do quarto centenário da capital do Maranhão, dia 8 de setembro de 2012. De acordo com o professor Alexandre Corrêa, o grupo será formado, a princípio, por alunos e professores da Universidade. “A nossa intenção, no entanto, é fazer com que todos os segmentos da sociedade se unam em torno deste evento”, reforça o professor, que pertence ao quadro do Departamento de Sociologia e Antropologia da UFMA. Mesmo antes de instalar o GT, alguns professores já começaram as pesquisas a fim de resgatar o acervo iconográfico de festas anteriores. Em buscas por jornais e periódicos da cidade, a equipe não obteve êxito. “Encontramos pouca coisa em pesquisas feitas na Biblioteca Pública Benedito Leite. Gostaríamos de fazer, inclusive, um apelo às pessoas que tenham fotos, mesmo que de arquivo pessoal, que entrem em contato conosco para podermos incluí-las no acervo”, comenta o professor Alexandre Corrêa, que pode ser conectado pelo telefone 8813-4663. A iniciativa tem como inspiração as comemorações feitas na cidade de Quebec, no Canadá, que foi fundada por franceses, em 1608, apenas quatro anos antes de São Luís. De acordo com o jornalista e também professor da UFMA, José Reinaldo Martins, a intenção, com a criação deste GT, é imprimir conteúdo às comemorações do quarto centenário. “Para que não seja uma festa apenas de foguetes, mas que também traga como resultado pesquisas, lançamentos de livros que abranjam estudos sobre a história da cidade e discussões sobre os diversos temas que permeiam nossa vida”, adianta ele.

http://imirante.globo.com/noticias/pagina188973.shtml

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

GRUPO DE TRABALHO 
UFMA 46 ANOS & SÃO LUÍS 400 ANOS

ANTE-PROJETO

CAMPANHA DE RECUPERAÇÃO DE FOTOS E IMAGENS DAS COMEMORAÇÕES DOS 350 ANOS DE SÃO LUÍS EM 1962

UFMA/SÃO LUÍS/2008

RESUMO


O presente anteprojeto tem o objetivo de promover uma campanha pela recuperação de fotografias e imagens relacionadas as comemorações dos 350 anos de ‘fundação’ da cidade de São Luís do Maranhão, no ano de 1962.

PLANO DE AÇÃO
Este anteprojeto pretende promover um trabalho de pesquisa-ação, no sentido de contribuir para a preservação das imagens de São Luís no século XX. Trata-se de um projeto de salvaguarda de um acervo de fotografias que corre o risco de desaparecimento, caso não venha a ser objeto de resgate concreto e efetivo. Através da pesquisa nos jornais da capital, recolheremos reportagens, crônicas, artigos, imagens e fotografias que recuperem os fatos e acontecimentos ligados as comemorações de 1962. Concomitante a realização do trabalho de pesquisa nos jornais e revistas, vamos promover uma campanha na mídia local (rádio, jornais e TVs) com intuito de resgatar os bens e coleções deste acervo que estejam nas mãos de particulares ou instituições.

PROMOÇÃO & REALIZAÇÃO

Grupo de Trabalho Permanente do Patrimônio Cultural – ABA
Grupo de Pesquisa Patrimônio & Memória – CNPq
Grupo de Estudos Culturais – UFMA
Grupo de Trabalho UFMA São Luís 400 Anos – UFMA

JORNAL DO POVO
São Luís, 09 de SETEMBRO de 1962















FOTO da RÉPLICA da NAU de DANIEL de La TOUCHE, desfilando pelas ruas de São Luís, nas Comemorações dos 350 anos de ‘Fundação Francesa’ da Capital.

Veja Reportagens em 2007:
http://www.revistaeventos.com.br/site/Noticias.php?id=321
Portal Eventos: Domingo - 16-09-2007 - 17:37:05

Pró-São Luís 400 anos
Univima será uma das instituições participantes do projeto:
http://www.univima.ma.gov.br/ver_noticia.php?noticia_id=304&hl=ok
Matéria publicada em 08 de Novembro de 2007

OBS: Cabe salientar que as Ideias e os Projetos, elaborados desde o ano de 2008, não foram contemplados com o apoio declarado; e jamais receberam aporte financeiro de qualquer instância universitária ou de governo. O apoio restringiu-se ao uso da sala 19 do CEB/Velho, via Vice-Reitoria, e a entrega de equipamentos de escritório, por parte da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado do Maranhão (2009). Todas as despesas ocorridas desde então foram pagas pelos membros do GT.

28 de janeiro de 2009

Teatro das Memórias

Em artigo enviado ao JP, o professor universitário e pesquisador Alexandre Fernandes Corrêa afirmou que o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) se apropriou indevidamente do nome de um projeto que ele coordena na Ufma - "Teatro das memórias". "Como podem essas pessoas e instituições se utilizarem de impostos e verbas públicas em nome desses bens valiosos da população brasileira e maranhense, se não sabem respeitar e cumprir com as leis vigentes, sobre os usos e apropriações das idéias, projetos e valores de outras pessoas, grupos e comunidades?", questiona Corrêa. Ele sugere que, "em nome do respeito às distinções entre nossas práticas e atitudes, se retire o nome 'Teatro das Memórias' do 'projeto' (re)lançado no dia 4 de dezembro pelo Iphan". Veja o artigo:

Teatro das memórias: cidadania e direitos culturais
Veja Artigo:
http://www.jornalpequeno.com.br/2009/1/25/Pagina97244.htm
Veja Também:
http://www.newstin.com.pt/tag/pt/100270498

Veja Vídeo Produzido pelo IPHAN:
http://www.youtube.com/watch?v=FseVVSkKb1I

POR ALEXANDRE FERNANDES CORRÊA*
alexandre.correa@pq.cnpq.br 

Ação Cultural Teatro das Memórias

Ação Cultural Teatro das Memórias
02/06/2006
Fonte: Jornal Pequeno

Neste mês vamos recomeçar os trabalhos de extensão universitária da Ufma, no bairro do Desterro em São Luís. Trata-se de um marco importante na mudança da matriz dominante no campo do preservacionismo cultural no Maranhão. É um grande passo na superação do paradigma arquitetural na área do patrimônio histórico, comumente reduzido a visão de “pedra e cal”. É um novo caminho no sentido da promoção das memórias sociais e da história dos bairros da capital ludovicense.

O Projeto de ação cultural Teatro das Memórias no Centro Histórico, faz parte de um projeto mais amplo que vem sendo desenvolvido pelo Grupo de Estudos e Pesquisas do Patrimônio e Memória da Ufma, na região metropolitana de São Luís. Na sua concepção macro tem–se como objeto de pesquisa e análise as políticas do patrimônio bio-cultural implementadas nos museus, eco-museus e centros culturais da ilha. Tomando como pano de fundo a dinâmica etno-histórica das identidades culturais regionais e locai, almejamos trabalhar as particularidades e singularidades do processo de preservação e transformação da natureza e da cultura local, na atualidade. Nesse trajeto focalizamos especialmente os chamados novos patrimônios, objetos de ação preservacionista mais recente, na cena das políticas culturais e ambientais – numa cidade que ainda não tem um Jardim Botânico ou um Horto Florestal aberto ao público, isto é, um Teatro da Memória da Natureza democrático e cidadão.

Destarte, na área do Centro Histórico de São Luís, pretendemos dar continuidade ao projeto de Educação Patrimonial desenvolvido nessa localidade em 2004. Naquela ocasião, aconteceu um trabalho de pesquisa em acervos fotográficos de famílias dos bairros e organizou-se uma oficina de fotografia e artes plásticas com as crianças residentes nos logradouros próximos. Nesta nova ação pretendemos aprofundar, através do teatro e de outras artes, o alcance das ações de promoção cultural da memória social e do patrimônio cultural do Centro Histórico da capital.

Vale destacar que o projeto Teatro das Memórias tem em vista, em longo prazo, participar efetivamente das discussões acerca da construção coletiva do IV° centenário da fundação de São Luís. Os resultados dessa parceria cultural e artística da UFMA com a comunidade, o Estado, a Prefeitura, e as Empresas Privadas nos preparam para a elaboração conjunta de um calendário de atividades coletivas, em prol da conservação, preservação e promoção da memória social e do patrimônio cultural da capital do Estado do Maranhão.

Nesse processo pretende-se desenvolver atividades voltadas para o tema da transmissão das heranças culturais e dos patrimônios coletivos, através do encontro entre as memórias de diferentes grupos sociais que habitam e convivem no Centro Histórico, trabalhando com crianças e adolescentes em constante diálogo com adultos e idosos.

A execução do projeto será efetuada em parceria com a União de Moradores do Centro Histórico de São Luís, coordenado pelo Grupo de Estudos e Pesquisas do Patrimônio e Memória da Universidade Federal do Maranhão. O calendário de atividades do ano de 2006 será voltado para crianças e idosos, e, em 2007, pretende-se incluir também adolescentes e adultos da comunidade. As atividades desenvolvidas ao longo de 2006, com um grupo de 40 crianças, serão patrocinadas pela Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) – empresa que merece, desde já, nossos agradecimentos.

Um dos produtos finais dos trabalhos realizados em 2006 será a Encenação Teatral a ser apresentada no dia do Patrimônio (06 de dezembro), quando se comemora a inclusão do Centro Histórico de São Luís na Lista do Patrimônio Cultural da Humanidade da Unesco (1997). Nesse momento, serão apresentados ainda outros produtos criados pelos participantes nos Laboratórios e Oficinas de Arte e Cultura, realizadas ao longo do projeto. Desse modo, pretendemos intensificar a participação da Universidade na vida da cidade, contribuindo para a renovação do seu imaginário urbano e promovendo um diálogo fecundo, criativo e participativo “entre o passado e o futuro” nas diversas comunidades que formam o tecido e a rede metropolitana dessa fantástica cidade de São Luís do Maranhão. Convidamos a todos para participarem da abertura dos trabalhos, hoje, 2, na Igreja do Desterro, a partir das 18h.

http://www.redeodc.com.br/site/pagina.php?idclipping=3397&idmenu=35

História

Será realizado no próximo dia 27 de outubro com um grupo de 30 pessoas da terceira idade do Desterro o laboratório "Lugares e Memórias", no Centro de Educação e Cidadania, Centro. A oficina descreve a história do cotidiano do bairro em meados do século XX. Esta ação faz parte do projeto "Teatro das Memórias", realizado pela União de Moradores do Centro Histórico de São Luís e pelo Grupo de Estudos e Pesquisas do Patrimônio e Memória da UFMA, com o patrocínio da Vale (CVRD).

http://www.jornalvejaagora.com.br/2006/10/21/Pagina19240.htm

Dia Municipal do Patrimônio realiza Passeio Serenata e Teatro das memórias

A partir das 19h, sairá do coreto da praça Benedito Leite, o Passeio Serenata. Embalados pelos acordes da seresta, os participantes percorrerão as ruas históricas da capital, acompanhados de um guia que informará sobre as origens e lendas da cidade. Personagens da nossa história, a exemplo de Daniel de La Touche, fundador da cidade, recitarão trechos de poemas que exaltarão as belezas de São Luís.

Outro momento importante do Dia Municipal do Patrimônio acontece às 18h30, com o Teatro das Memórias, um projeto realizado pela União de Moradores do Centro Histórico de São Luís e o Grupo de Estudos e Pesquisas do Patrimônio e Memória da Universidade Federal do Maranhão. Com patrocínio da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), o evento apresentará por meio de expressões artísticas como a pintura, o teatro e escultura a visão de moradores de bairros como o Desterro, um dos mais antigos de São Luís.

As esculturas em cerâmica e painéis de pintura foram elaboradas com base nas lembranças dos moradores mais antigos do Desterro, durante o laboratório batizado de “Lugares e Memórias”. As peças artesanais que estarão expostas foram criadas por 30 idosos, também moradores do bairro. Através do diálogo, da escrita e da escultura, os participantes vão contar e representar histórias, como forma de perceberem a importância da preservação humana onde vivem. O objetivo é salvaguardar a memória coletiva de uma comunidade, preservando as suas referências culturais.

Por: Secom
Data de Publicação: 6 de dezembro de 2006

http://www.badaueonline.com.br/2006/12/6/Pagina17489.htm

ANTECEDENTES DA PESQUISA

2001 Teatro das Memórias: a bio-cultura em cena.
Autores: Corrêa, Alexandre Fernandes UFMA)
Natureza: Comunicação
Evento: VII Reunião de Antropólogos do Norte/Nordeste
Instituição promotora: UFPE
Cidade: Recife

http://www1.capes.gov.br/DistribuicaoArquivos/CursoNovo/Arquivos/2002/divulga/20001010/034/2002_034_200010102088_Ref_Doc.pdf

21 de janeiro de 2009

A DIALÉTICA DA PERMANÊNCIA DO PASSADO

Foto do Fotógrafo Mirim Bruno de Lorenzo
A DIALÉTICA DA PERMANÊNCIA DO PASSADO: Crítica ao Modelo de Patrimonialização Vigente

Uma questão recorrente vira e mexe retorna a cena. E nos diários e periódicos de todas as cidades brasileiras, com centros urbanos antigos, observamos retornar com frequência o problema do que fazer com as sobras do passado; quais os usos do passado no mundo de hoje. É uma preocupação sedimentada e desenvolvida por diversos estudiosos. Mas é uma interrogação que se alastrou e aprofundou sobremaneira após a II Guerra Mundial. Atualmente a UNESCO tem levado a frente campanhas de grande repercussão planetária; das quais se destaca as Listas de dos Patrimônios Naturais e Culturais da Humanidade.
Entre nós temos nomes de enorme importância cultural, do porte de Gilberto Freyre, Mario de Andrade, Aloisio Magalhães e outros tantos; além do já cristalizado e estabelecido Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), que tem mais de 70 anos de atividade. Todavia, sempre persiste e retorna a indagação incômoda: o que fazer com os vestígios do mundo tradicional e antigo que tem desmoronado e se arruinado nos centros ditos históricos das grandes cidades brasileiras e latino-americanas?
São Luís não poderia deixar de fugir a essa regra retórica e ritual hipermoderna, qual seja, a vertigem da perda dos traços arquitetônicos e históricos, tanto materiais quanto intangíveis e simbólicos: há uma crescente sensação de obsolescência das coisas, dos objetos, dos modos de viver, dos fazeres e dos saberes...
Na última quinta-feira desse mês de janeiro, vimos a manchete de um jornal local estampar: "Restaurando os Prédios Alheios" (Vida Urbana, O Imparcial, 15/01). Nessa reportagem a jornalista revela espanto com o fato de o poder público estar investindo milhões de reais em prédios de particulares. E é mesmo de espantar toda gente! Por que esse esforço e dispêndio milionário em gastar dinheiro público para manter um cenário histórico cada vez mais fantasmagórico, quase abandonado - simbolizando o fracaso de um modelo equívoco - se a cidade tem bairros populosos que não recebem e nem têm insumos e equipamentos básicos para manter-se com níveis decentes de qualidde de vida? O que justifica tal investimento: a nostalgia dos tempos de glória e de fortuna das classes que dominavam o estado nos séculos passados?
A superintendência regional do IPHAN, interpelada sobre essa idiossincrasia espantosa respondeu: "- A impressão que dá é que o maranhense não tem consciência de que tem um tesouro nas mãos e que precisa cuidar dele". Eis uma visão simplificada e ingênua do problema sócio-cultural em voga! Coloca-se sempre a culpa na suposta 'insensibilidade estética e artística da população' - a mesma que preserva a cultura popular e o folclore, como poucas no mundo; curiosamente, culpa-se a população pela sua suposta 'ignorância', ao lançar os prédios - considerados verdadeiros 'tesouros arquitetônicos' do passado - na ruína e no abadono. A superintendência não se pergunta: por que essa mesma população que se dedica a preservar e manter viva as suas tradições artísticas, como o Bumba Boi, o Tambor de Crioula, o Tambor de Mina, entre outras, teria esse comportamente desprezível em relação aos prédios históricos. Será o mesmo maranhense? Lógico que não: os proprietários desses prédios não são os mesmos maranhenses que preservam a cultura popular e o folclore; são donos de prédios que se beneficiarão dos investimentos públicos aprovados pela Superintendência regional do patrimônio federal... Só quem faz pesquisa pode responder a tais questões pertubadoras e pode encontrar a lógica sócio-cultural subjacente a esses comportamentos e práticas...

A população 'ignorante' paga duas vezes, pela sua culpada 'ignorância' denunciada por um agente público em pleno jornal diário - em flagrante desrespeito ao espírito público geral - e agora pagará também, e ainda muito mais, ao ter que ver e aceitar o dinheiro público ser gasto em prédios particulares; dinheiro que poderia ser aplicado em benefício da urbanização de diversos bairros da cidade: especialmente em saneamento e saúde pública. Há algo mais importante que o 'patrimônio' representado na saúde de um povo? Por que o patrimônio histórico nas mãos de particulares é mais valioso, 'é um tesouro', maior que o saneamento básico nos bairros da cidade?
É preciso que estas pessoas enfrentem a seguinte questão: por que é que a população não dá valor a esses cenários históricos do passado? Por ignorância? Essa é a resposta? Essas pessoas 'sabidas', com tanta 'sensibilidade estética' deveríam se perguntar se a população concorda com esse modelo de patrimonialização, esses investimentos vultuosos de mais de duas décadas, que só tem beneficiado uns poucos individuos e grupos nessa área da cidade. É preciso que nós passemos a enfrentar e a questionar esse modelo arrogante de patrimonialização, que de democrático não terá nunca qualquer inspiração. Devemos nos interrogar, e fazer pesquisas, para encontrar um outro modelo que responda aos anseios da população, que precisa acreditar que essas políticas são em seu benefício; o que não parece ser verdade, ao menos do que se expressa nessa ideologia simplificadora. Numa cidade tão carente de diversos equipamentos e insumos básicos, é um luxo satânico manter esse tipo de política patrimonialista que só beneficia os proprietários desses prédios, valorizando-os para a especulação imobiliária futura.
Porém, nós sabemos que estes 'agentes públicos' de plantão, não pensam nos interesses gerais da cidadania; pensam em dar respostas aos interesses dos que os colocaram nessa posição e lugar. Não fazem pesquisas, não desenvolvem trabalhos autênticos de empoderamento da população que reside nesses bairros 'históricos', e mais, ainda se apropriam das ações e dos projetos de outras instituições sérias; vide o caso vexatório do Projeto de Ação Cultural Teatro das Memórias, da Universidade Federal do Maranhão - com o nome indevidamente apropriado por essas mesmas pessoas.

Enquanto esse modelo imperar continuarão culpando a suposta 'ignorância' da populaçao e reproduzindo os interesses dos proprietários desses prédios.
É preciso que se dê um basta a essas práticas que favorecem os que vão especular com a valorização imobiliária desses espaços sociais. Isso é certo: haverá investimento com dinheiro público que só beneficiará esses proprietários, que depois de garantidos seus beneficios venderão esses prédios para os estrangeiros! A população verá seus 'tesouros' salvos, mas agora entregues aos 'gringos', como se diz: ficará enfim sem seus 'tesouros'!
Os grupos de poder e decisão da cidade sabem difundir e defender seus interesses. O que é estranho é a inércia dos agentes públicos como os estabelecidos nos Ministérios Públicos Estadual e Federal, as Promotorias do Patrimônio e do Meio Ambiente: por que não promovem uma investigação contra esses outros 'agentes públicos', títeres instalados no escalão federal...
É evidente que essa política de investimentos só serve para enriquecer um pequeno grupo 'sabidos': empreiteiros e aventureiros estrangeiros...
Por que não se faz pesquisa universitária nesses espaços? Por que se tem tanta dificuldade em estabelecer políticas culturais democráticas e participativas nesses centros históricos? Por que não se cria um Plano Diretor para o Centro Histórico e se dá condições de participação democrática nas decisões sobre investimento nesse espaço social? Por que esses projetos mirabolantes não passam pelos Conselhos de Cultura e Patrimônio?
Eh! Meus concidadãos: falta mais democracia e mais pesquisa social.

Alexandre F. Corrêa - UFMA
alex@ufma.br.
alexandre.correa@pq.cnpq.br

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No mesmo tom:



Governadora Roseana Sarney é alvo de protesto de bispos do Nordeste


SEG, 21 DE FEVEREIRO DE 2011 14:56

Os bispos do Regional Nordeste 5 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, distribuíram, neste domingo, nas igrejas do Maranhão, uma forte nota contra o governo estadual e os grupos de políticos e de empresários que sustentam a mais de quarenta anos a oligarquia Sarney.
“Está na hora de se fazer uma inversão de prioridades e valores também em relação ao papel do Estado e de seus representantes”, nesta frase os bispos de Bacabal, Zé Doca, Balsas, Grajaú, Imperatriz, Carolina, Brejo, Pinheiro, Coroatá, Viana, Caxias e São Luís sintetizam a rejeição e determinação de enfrentar os usurpadores do povo maranhense.
O texto foi construído entre os dias 12 e 14, no encontro dos bispos da Regional Nordeste 5, realizada na cidade de Carolina, trazendo a radical cobrança de mudança na relação do governo com a população. Pelo conteúdo os bispos demonstram a insatisfação do clero com o governo de Roseana Sarney.
“A história do Brasil – na qual se insere a história do Maranhão – tem sido marcada pela apropriação por parte de pequenos grupos, mediantes influências políticas e corrupção ativa daquilo que pertence a todos. Esses pequenos grupos fazem do bem público um patrimônio pessoal”. O longo texto ainda não foi publicado no site da CNBB, estamos no aguardo para postarmos. Este talvez seja o início de uma mobilização da igreja católica contra o grupo Sarney.

Para a oligarquia talvez seja o fim dos tempos.

Assinam a nota: 

Armando Martín Gutierrez – bispo de Bacabal
Carlo Ellena – bispo de Zé Doca
Enemésio Ângelo Lazzaris – bispo de Balsas
Franco Cuter – bispo de Grajaú
Gilberto Pastana de Oliveira – bispo de Imperatriz e presidente do Regional NE-5
Henrique Johannpoetter – bispo emérito de Bacabal
José Belisário da Silva – arcebispo de São Luís do Maranhão
José Soares Filho – bispo de Carolina
José Valdeci Santos Mendes – bispo de Brejo
Ricardo Pedro Paglia – bispo de Pinheiro
Sebastião Bandeira Coêlho – bispo de Coroatá
Sebastião Lima Duarte – bispo de Viana
Vilsom Basso – bispo de Caxias
Xavier Gilles de Maupeou d’Ableiges – bispo emérito de Viana

Por Felipe Klamt