Edital MCT/CNPQ 14/2008 Universal Processo 470333/2008-1



10 de julho de 2009

Venezuela celebra bicentenário da independência

Claudia Jardim

De Caracas para a BBC Brasil.


O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, celebrou nesta segunda-feira o bicentenário da independência do país com uma série de eventos na capital, Caracas.
A comemoração teve início diante do túmulo de Simón Bolívar, onde Chávez depositou flores no Panteão Nacional, incluiu uma grande parada militar e civil, com diferentes grupos da sociedade venezuelana como estudantes, indígenas e esportistas, e terminará com uma cúpula extraordinária da Aliança Bolivariana para as Américas (Alba).
Também participaram das celebrações o líder cubano, Raúl Castro, a presidente da Argentina, Cristina Kircher, da Bolívia, Evo Morales, da Nicarágua, Daniel Ortega, e da República Dominicana, Leonel Fernández.
Segundo o correspondente da BBC em Caracas Will Grant, milhares de venezuelanos participaram da comemoração, que se tornou um evento pró-Chávez como nenhum outro. Em todo lugar, apoiadores do presidente vestiam camisetas vermelhas, em referência à “revolução bolivariana” e acenavam bandeiras do país.
Durante um discurso, Chávez disse que suas políticas socialistas eram parte “da mesma batalha travada por Bolívar para a independência do país”.

EUA

O presidente também voltou a atacar os Estados Unidos durante as celebrações.
"Nunca mais a Venezuela será colônia ianque, nem colônia de ninguém. Chegou a hora da nossa verdadeira independência, 200 anos depois", disse Chávez.
Em 19 de abril de 1810 foi instalada na Venezuela uma primeira forma de governo autônomo, e teve início o processo de independência do país, que seria concretizado após a batalha de Carabobo, em 24 de junho de 1821.

Um comentário:

Conceição Guimarães disse...

Um simples comentário.... sentimentos... sentimentos...
Sou brasileira e estou em Coimbra complementando o doutorado em Estudos Clássicos.
Ora bem, longe da terra querida, procuro vorazmente por notícias que me deixem mais perto do meu país e que, de uma certa maneira, matem-me um pouco as saudades.
Romântica como sou, espero que venha de lá notícias alvissareiras, tais como o decréscimo da pobreza uma vez que temos um presidente, cuja bandeira de sucesso foi a igualdade de condições econômicas e culturais. Como se sabe, não seria as "boas intenções" que encheriam os nossos estômagos ávidos de alimento do corpo e da alma. É bem verdade que também gostaria de lê amenidades sobre o meu país, pois sinto muita falta dos sabores, das cores e da nossa contagiante alegria. Entretanto, o coração se aperta e me encolho como um caracol, que num gesto involuntário se esconde na carapuça ao ser tocado, quando leio no "The Economist" e na revista "Visão" portuguesa notícias da corrupção que avassala o Congresso Brasileiro, numa repetição que entontece... Triste herança essa nossa! E assim, num misto de amor e de desconforto, de ternura e constrangimento pelo meu país, o orgulho de ser brasileira cede a vergonha... A revolta por saber que isto é verdade e que está longe de mudar ou quem sabe, nem mesmo mude, é um sentimento avassalador que destrói todas as esperanças. Sinto-me lesada na minha honestidade, vilipendiada nos meus sentimentos e nos meus ideais humanistas, além de me sentir moralmente atacada diante de tanta desfaçatez.
Estou farta de defender o meu país em diálogos com alguns incautos que lá vão em viagens de turismo e pensam conhecê-lo somente porque estiveram por alguns dias numa faixa de areia branca, sobejada por um mar quente e uma paisagem deslumbrante. Esquecem eles ou ignoram eles que um país continental como é o nosso é multifacetado desde a cultura até os muitos e diferentes rostos de nossa gente. E, do alto de suas pseudo-sapiências acreditam que o Brasil é apenas uma terra de mulheres sexualmente permissíveis, de grande miséria, embora de grande riqueza... uma generalidade, como é evidente.
Mas já agora, o meu silêncio se faz maior... como defender um pais que se vende internacionalmente e nacionamente falando? Vende-se fora porque mostra que a única coisa a se exportar são as mulatas, futebol e caipirinha... vende-se dentro porque a corrupção, os favorecimentos e o corporativismos entre a classe política falam mais alto do que a moralidade...
E já agora, pergunto-me também como o representante da nação "segura" na Presidência de uma casa, que tem como premissa maior o bastião da moralidade,
um senhor que está mais que provado que se locupletou através do erário publico, somente com objetivos, mais que claros, eleitoreiros a seu favor?
Sei que é um sentimento comum a maioria dos brasileiros, contudo não posso ficar muda... indiferente... fingir...
Resta-me pelo menos a indignação e novas perguntas, então é pra isso que trabalho 40 horas por semana tentando incultir na cabeça dos jovens que há saída honrosa para os conflitos humanitários, econômicos...então é pra isso que desconto 25% do que ganho para alimentar esse assalto aos cofres públicos...
Por isso, páro o meu trabalho de pesquisa e deixo este "simples comentário" eivado de sentimento pânico em relação ao fracasso da humanidade...